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Por Anaïs Fernandes e Ricardo Mendonça, Valor — São Paulo


As isenções tributárias anunciadas pelo governo para incentivar a indústria automotiva podem ampliar as vendas de veículos em 200 mil e 300 mil unidades em um ano, segundo Márcio Lima Leite, presidente da Associação Brasileira dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Ele ponderou que o número é uma estimativa porque nem todas as propostas já foram definidas.

"É um momento de recuperação da indústria. É um grande apoio, estímulo para geração de emprego", afirmou em conversa com a imprensa na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Leite disse, no entanto, que não foi firmado compromisso das montadoras pela manutenção do nível de empregos no setor, embora, admitiu, essa preocupação tenha sido manifestada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas negociações .

Ele disse que a expectativa do setor "não é um otimismo", porque "é uma demanda ainda tímida". A produção de veículos no patamar atual, de 2,1 milhões de unidades por ano, está distante do nível de 3,8 milhões de 2013, destacou. As propostas devem aquecer a demanda, "mas ainda é muito longe daquele patamar", afirmou.

Ainda está em discussão com o Ministério da Fazenda, segundo Leite, o prazo em que os descontos de impostos - IPI e Pis/Cofins - vigorarão. O setor, disse Leite, gostaria de pelo menos 12 meses, mas há a questão do tamanho da renúncia com o incentivo.

"Não sabemos ainda, o governo tem trabalhado para chegar ao período dessa redução. De fato, existe um grande trabalho que vem sendo feito para que isso chegue ao consumidor com o nível mais baixo de preço", afirmou.

Questionado sobre se a redução em impostos, de fato, chegará ao consumidor final, Leite disse que não há uma discussão sobre obrigatoriedades atrelada às margens das empresas e que cada montadora tem sua política de preços. Mas afirmou também que, com a iniciativa do governo, "é natural que tenha maior competitividade entre as marcas pelo melhor preço".

Segundo Leite, há uma conversa com a Fenabrave, associação que representa as concessionárias, para criar um mecanismo que permita ao consumidor fazer os pedidos na pré-venda já considerando as medidas. Depois, quando as medidas forem detalhadas, ele teria opção de permanecer ou não na negociação, acrescentou Leite.

Comentando sobre o que achou do programa, Leite disse entender que "entre o ideal e o possível há distância considerável". O ideal, segundo ele, é que a redução de impostos não fosse apenas para "veículos de entrada", por exemplo. "Mas entendemos que é um primeiro e importante passo", afirmou.

Ele disse ainda que empresas que não trabalham com "veículos de entrada" podem começar a montar.

O setor hoje opera com 50% da sua capacidade instalada ociosa, segundo Leite. O presidente da Anfavea disse que três fábricas com paralisações planejadas desistiram ao longo da semana. Só neste ano, segundo Leite, houve 14 paralisações de fábricas de montadoras.

De acordo com Leite, há conversas também com o Banco do Brasil para eventualmente viabilizar linhas de crédito "mais interessantes e acessíveis para essa faixa”, mas também para outros, afirmou.

Segundo Leite, itens relacionados a questões regulatórias ambientais e de segurança não poderão ser alterados. Ele disse também que a indústria tem o compromisso de não flexibilizar seu nível de inovação.

 — Foto: Pixabay
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